sexta-feira, 13 de março de 2015

ASSUNTAMENTO DE INTERESSE PÚBLICO



O BUNDA
( Uma reflexão na discussão ótica entre olhos e consciência num carnaval qualquer )



Não, você não leu errado, é mesmo sobre bunda a abordagem deste texto, só que da bunda no substantivo masculino maiúsculo, ou seja, a bunda ou “O” bunda própria se é que se pode qualificar ou classificar um/uma bunda.
            Imagina-se que “o bunda” não pareça estar falando dos glúteos e sim da personalidade da pessoa que no popular seria um indivíduo sem muita coragem ou aquele que não toma decisões acertadas, o cara medroso que titubeia e finge que o assunto não é com ele... O sujeito (bundão), mas também não é esse o intuito que leva a parafrasear esse tão insustentável “órgão” do corpo humano.
            Quando se diz “o” bunda é porque esta falando de sua própria bunda, ou seja, uma bunda masculina aqui no caso específico, e no meio machista jamais um homem poderia referir de sua própria bunda no substantivo feminino.
            Veja bem, quando bebês a mãe e as mais afoitas titias tornam o alvo para mordiscadas, beijos e beliscões é justamente a bunda, aqui no caso é “O” bunda que nesta idade são lindas, cheirosas, tenras e aveludadas almôndegas de amor.
            Já na idade infantil se torna objeto quase desprezível, pois é de um tempo aonde em qualquer chão irão se esfregar, areia, terra dos parquinhos e gramados, os mais imundos, e se tornam verdadeiro imã de cintas, chinelos e palmadas, berebas coceiras e feridas tomam conta desses que inocentemente é imposto e esta é a sua empreitada.
            O bunda fica adolescente antes mesmo do próprio adolescente começando a chamar atenção muito antes que a feição e vão ficando mais resguardadas pelos tutores que não querem expostas tão preciosas peças aos olhos de estranhos.
            Começa a fase adulta do bunda, e a partir da maioridade ela causa ansiedade e nos olhos saltam as vontades, é aí que o dono do bunda nota seu protuberante órgão como se este fosse uma alegoria, são tratados com um sublime diferencial onde “O” bunda tem a percepção de que o seu é atrativo e a dos outros é atraente, começa aí o jogo de sedução das bundas, “A” bunda até na fotografia se torna indispensável e “O” bunda fica louco de excitação quando se depara com “A” bunda, aliás, “O” bunda fica louco até mesmo por “OUTRO” bunda.
            Desse ponto em diante os encontros entre o bunda e a bunda são abundantes, a bunda vai o bunda vem e por diversos ciclos as bundas têm encontros onde a bunda entra e o bunda sai, a bunda chega e o bunda vai numa dança de frenesis constantes até onde a maturidade faz com que todas as bundas sejam boas a ponto de começar a confundi-las de tantas que são... Bundas grandes, pequenas, finas, grossas, peladas e peludas, gordinhas, musculosas, siliconadas e também de muitas cores e tão sempre polpudas e gostosas.
            Num certo e também errado momento torna-se fundamental o uso consciente do bunda, pois pelo próprio fato do intenso uso nem se nota que o tempo te fez confuso e assim sendo esquecido momentaneamente esse órgão que como dito é insustentável faz-se da lei gravitacional sua ferramenta funcional para que inevitável se torne o que tem de ser já que te cobra o peso do tempo, se é que existe peso em algo tão desenxabido.
            É impactante o resultado do agravante momento em que se nota o bunda tão flacidamente prostrado, pálido e enrugado aquele que a pouco era tão cobiçado, numa sofreguidão sem fim, agora tão dolorido e esfolado.
            Torna-se necessário ocultar novamente tal como se fez há tempos seus tutores ao começarem a notar o prelúdio de sua exuberância, diferente do exibicionismo inerente ocorrido nos bons tempos quando de tão belo só trazia contentamento.
            Vê-se então o bunda velho, o bunda idoso, o bunda decrépito, cansado e usado como jamais visto e torna-se necessário uma intervenção, duas, três, sei lá, quantas necessárias forem na visão feminina, porém na masculina somente o velho metrossexual e o homossexual entram em pânico e usam de artifícios corretivos, já o velho acomodado assim como o casado quase nem notam seu traseiro murcho e enrugado.
            Sim, não notam os SEUS traseiros, mas não tiram seus olhares 46,5º do traseiro de outrem principalmente se for um daqueles que se inflam dentro de sufocantes calças strech e ínfimas mini-saias que saracoteiam, apetitosos pomos que palpitam feito inchaços inflamados pela efervescência da tenra idade praticamente clamando por nossos olhares.
            Bom, quanto “A” bunda ou “O” bunda serem o mesmo e ficar “em todos” em um lugar de difícil visualização senão por torção ou espelhamento jamais se chegara a um denominador comum, pois esse quase incólume órgão de leveza e ao mesmo tempo insustentável por ter peso máster no caráter e sendo ele a preferência nacional, senão mundial, sabemos apenas que é, e não se discute o como é... Só é... BUNDA.
            Aí, no bunda vai, no bunda fica ou no bunda nada, fica a difícil decisão, pois no meu bunda não vai nada e nem fica por que não permiti que fosse e se não foi então nada, mas fica a interrogação... Se nada, desde quando meu bunda virou uma piscina ?

Pode ser que se discuta sobre peitos depois...
Abundamentos, que se fosse com as mãos seriam aplausos.


5 comentários:

chica disse...

Xipan, tu sempre bem humorado e do teu jeito falado as coisas.

Adorei a aBUNDAncia de bundas por aqui e vamos cuidas dos bundas e das bundas e bundões! abração,chica

Leonel disse...

Caramba!
Este texto tá tão desbundante que nem tava aceitando meu comentário!
Mas, vale saber que estás de volta ao cipó!
Afinal, sou um bunda ou um bundão?
Abração, véio!

João Esteves disse...

Seu post é bunda pra ninguém botar defeito, masculino e feminino, não esqueceu nem de explicar o uso (ou não uso) do próprio. Quanto aos outros, cada um, cada um. Nunca mais é o mesmo quem aqui vem e sobre bunda lê, lê!

Unknown disse...


thank you

سعودي اوتو

Dja disse...

Oie Xipan vc como sempre o mesmo. saudades. bjos.

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