Fisolofia de Macaco Véio " Se é pá pidí.... Pido eu "
Tava eu sentado suncegado no meu gáio perdiléto da varandia de minha redizênça pençano cos meu botão, tipo assim ... Caçando rônha, tá ligado?
Do nada sorgéu no meu portâum, um dezinfurtunado daquêles que se dizistiu de se aprumá no trabáio, e por de cauzo de argum deziludimento cabô por fica de vadiamento pro mundico, o tár do mindigo... E o lascrifento exumerava um xurúme de azedá o istrômo... Éca!!!
Eu lá de incima, só de risco de canto do zóio fingino que nem num tava vêno pra vê cê o sujeito me errava...
Mai num diantô naum... Intão começô o diágolo...
"O sojeito"
- Dia tiiiiiooouu... hic, tô desempregado e minha muié tá doente e a assistência social não tá me ajudando, inclusive o albergue não me deu nem um café...
E iêu trisquei o zói proutro lado só na fingidura de que nem era cum eu...
"O sojeito"
- Ô tiouuu.. hic... o senhor pode me ajudar. ( ele insistia ).
Intâum eu cabei zoiando em sua direção cáquela cara de inzibido quêu tenho e priguntei...
"Iêu"
- Diguê, cocêqué...? Se fô trabáio eu tenho um quintar pra capiná....?
Mai o sojeito num tinha muita fé nos acervissamento e respondeu com istupidêis...
"O sojeito"
- Qualé Tiouu... hic, to encostado no inss por doença, braço e figo inchado.
"Iêu"
- O quê intaum...?
"O sojeito"
- Esmola...!!
"Iêu"
- ah .. Ismóla?... Passa ela aí por debacho do portaum que dispois eu deço pegar.....
Ai o sojeito oiô cum fuça fêia pra iêu, abestemou e foi zingue-zaguenhando imbóra gisticulano sem parar...
Juro que quêm num tendêu fui iêu a brabêza do sojeito.... ??????
Avácagá Mêu....
