Em uns anos "apóscalípticos" e crises
pandêmicas, numa daquelas pequenas cidadezinhas do interior de num sei lá onde,
em um país que num apruma nem fud@$&%$@, caía uma chuva torrencial e há vários dias que
a cidade parece deserta e esquecida.
Faz tempo que a crise vem atingindo
este lugar, todos têm dívidas e vivem praticamente de créditos, empréstimos e
fiados.
Felizmente chega um milionário
forrado de dinheiro e entra no único hotelzinho do lugar, pede um quarto,
coloca uma nota de $1.000 xipâns no balcão do recepcionista e vai ver os
quartos.
- O chefe do hotel, Seu Xipan, vendo
tal oportunidade pega o dinheiro e sai correndo para pagar suas dívidas com o Tónho,
dono do único açougue e mercearia:
- O Tónho por sua vez, pega o dinheiro e sai correndo para pagar sua dívida com o Zé dos Porcos:
- O Zé dos porcos, no mesmo momento, com o dinheiro na mão, sai correndo para pagar o que deve ao Tristão, dono do moinho, que é o fornecedor de alimentos para animais.
O Tristâo que não era santo, pega o dinheiro
e sai voando para quitar sua dívida com a prostituta Margôt, antes que esta
divulgasse suas peripécias extraconjugais:
- Margôt a prostituta, que, todavia,
também tinha seus fiados, e já a muito também oferecia seus dotes à crédito e
estava sofrendo de uma depressão profunda por conta do individamento...
A Margôt então, com o dinheiro
recebido na mão sai de mansinho a caminho do pequeno hotel do Xipan:
- No pequeno hotel, onde Margôt tinha
trazido seus clientes nas últimas vezes e ainda não havia pago, razão esta, de
sua depressão individativa, quitou seu débito e entrega o dinheiro a ele:
- O dono do hotel seu Xipan sorri
aliviado, e em tempo, feito um Cooperfield num passe de mágica.... Repõem o
dinheiro do depositante no balcão.
Neste momento desce o milionário que
acabou de dar uma olhada nos quartos, diz que nenhuma das acomodações lhe agradaram,
pega os $1.000 xipâns, outra vez depositatas por Xipan no balcão da recepção e
vai embora.
"SE O DINHEIRO CIRCULAR, NA ECONOMIA
LOCAL, A CRISE ACABA."